O mau cheiro intenso entre o Jardim da República e o Continente Modelo de Silves incomoda os moradores, que se têm vindo a queixar há muito tempo. Este será um problema com uma solução à vista, pois a Câmara Municipal de Silves avançará em breve com uma intervenção de fundo.
Questionada pelo «barlavento» sobre esta situação, após uma queixa de um residente, Luísa Conduto Luís, vereadora da Câmara Municipal, explicou que o cheiro é provocado «por ligações clandestinas que em breve» serão ligadas à rede de esgotos, «porque vamos entrar em obras no Jardim da República».
À margem da inauguração da terceira Mostra da Laranja de Silves, na sexta-feira, 15 de fevereiro, a vereadora assegurou que «essas ligações serão de todo eliminadas», esperando, desta forma, que a «breve trecho não haja mais maus cheiros, nem o pior», que é a entrada «desses efluentes na ribeira».
O curso de água passa junto àquele espaço público de lazer e ao hipermercado, sendo que as ligações ilícitas estão no meio do Jardim e são provenientes de casas particulares. «Foram feitas ao longo dos anos e, agora temos que as ir retirando. Há uns anos esta situação passava um pouco despercebida, pois não havia acompanhamento. Hoje, não se faz uma obra sem que esta seja acompanhada e sem entregas de projetos», justificou Luísa Conduto Luís. Um comportamento que, levou a que essas junções fossem descarregar na rede de águas pluviais. Na verdade, o «barlavento» constatou no local, que a água da ribeira é bastante suja e o odor é intenso e desagradável. Esta será, segundo a vereadora, uma intervenção «para começar a toda a hora», até porque a obra está adjudicada. A empreitada, que ascende a mais de 1,7 milhão de euros, demorará entre 12 a 18 meses, pois abarca diversos espaços.
O concurso foi publicado em Diário da República a 18 de junho e prevê a requalificação dos espaços do Jardim da República, incluindo infraestruturas de águas, esgotos, telecomunicações e eletricidade e a criação de um edifício destinado a cafetaria.